A história de Selena Gomez poderia ser contada por meio de diversos gêneros cinematográficos. A começar pelo infantil, com foco em sua carreira precoce na TV, quando estreou aos 10 anos de idade no programa Barney e seus Amigos e seguiu fazendo pequenos papéis no cinema. Já a comédia romântica, narraria sua ascensão como cantora pop, o namoro com o superastro Justin Bieber e o término, que culminou em um dos grandes hits do canadense, “Sorry”. O drama não fica de fora: portadora de lúpus, ela teve de se ausentar dos holofotes e passou por um transplante renal em 2017. Mas a melhor forma de contar essa história é deixando a sétima arte de lado para falar de música, que está na vida da artista desde o berço. Nascida em 1992 em Grand Prairie, no Texas, Selena Marie Gomez foi batizada em homenagem à cantora de música tejana Selena Quintanilla-Pérez, celebridade latina notória nos Estados Unidos dos anos 90. “Meus pais me apresentaram a todos os tipos de música. Claro, tinha a tejana, que eu gostava muito de ouvir. E notei como misturavam o R&B ao espanhol ou a junção com a club music, e achava muito legal”, ela conta ao Apple Music. Sob essas influências, Selena fez de tudo: desde o dance chiclete perfeito para baladas em “Love You Like a Love Song” (2011) ao pop assumido de “Hands To Myself” (2015) e o flerte com o new wave dos Talking Heads em um de seus maiores sucessos, “Bad Liar” (2017). Após deixar os palcos para tratar da saúde, voltou em grande estilo com Rare (2020), álbum confessional e criativo que arrebatou crítica e público ao expor temas pessoais como ansiedade, instabilidade emocional e relacionamentos tóxicos e que é, ao mesmo tempo, um convite irresistível à pista de dança.