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Adaptação climática: como se preparar para as chuvas dos próximos verões Economia do Futuro

    • Wirtschaft

Pelo que se tem registro, nunca caiu tanta chuva em tão pouco tempo no Brasil como durante esse carnaval no litoral norte de São Paulo. Mais de 60 pessoas morreram, mais de 2.000 tiveram que deixar as suas casas. Apesar de extremo, esse tipo de evento climático não é mais incomum. Só para citar os casos mais recentes, houve a inundação de Joinville em 2018 e mais de 900 mortos na região serrana do Rio em 2011. Isso sem falar nas inundações de larga escala em Recife e Petrópolis no ano passado. Só por conta desses dois últimos episódios, o primeiro semestre de 2022 registrou 25% de todas as mortes pelos efeitos das chuvas dos últimos dez anos.

Como já se sabe que eventos climáticos desse tipo devem se repetir no futuro, a pergunta é: como podemos nos preparar? Nos dias seguintes à tragédia no litoral de São Paulo, muito se falou de sistemas de alarme para que pessoas em áreas de risco deixem suas casas a tempo. Mas políticas robustas de adaptação às mudanças climáticas vão muito além disso. Elas envolvem desde obras a planos de contingência e até mudanças na agricultura - mas todas essas medidas disputam recursos com várias outras políticas, de mais curto prazo, que o Brasil também precisa. 

É exatamente sobre as dificuldades para decidir como investir na adaptação climática, que eu converso com o matemático Sérgio Margulis. Ele foi economista de meio ambiente no Banco Mundial por mais de 20 anos e hoje é pesquisador associado ao Instituto Internacional para a Sustentabilidade e economista-chefe da iniciativa Convergência pelo Brasil. O Sérgio participou de um esforço para mapear os riscos climáticos ao que o país está exposto quando esteve no governo federal em 2013, mas as sugestões do relatório que ele promoveu nunca foram adotadas de forma abrangente. Nessa conversa, ele fala sobre os resultados desse trabalho e também de outro estudo do qual ele participou, sobre as infraestruturas cruciais do Brasil mais suscetíveis ao clima.
Essa entrevista ajuda a ampliar a discussão sobre adaptação climática para além das medidas mais emergenciais depois de catástrofes - especialmente agora que o governo já sinalizou que pretende criar um novo Plano Nacional de Adaptação ao Clima. O que nós temos é de 2016 e não reflete mais a realidade dos nossos desafios. 

O Economia do Futuro é publicado quinzenalmente às quintas, para não perder nenhum episódio, siga esse podcast no seu tocador. Se você quiser falar comigo, meu email é podcast@economiadofuturo.com. 




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Como já se sabe que eventos climáticos desse tipo devem se repetir no futuro, a pergunta é: como podemos nos preparar? Nos dias seguintes à tragédia no litoral de São Paulo, muito se falou de sistemas de alarme para que pessoas em áreas de risco deixem suas casas a tempo. Mas políticas robustas de adaptação às mudanças climáticas vão muito além disso. Elas envolvem desde obras a planos de contingência e até mudanças na agricultura - mas todas essas medidas disputam recursos com várias outras políticas, de mais curto prazo, que o Brasil também precisa. 

É exatamente sobre as dificuldades para decidir como investir na adaptação climática, que eu converso com o matemático Sérgio Margulis. Ele foi economista de meio ambiente no Banco Mundial por mais de 20 anos e hoje é pesquisador associado ao Instituto Internacional para a Sustentabilidade e economista-chefe da iniciativa Convergência pelo Brasil. O Sérgio participou de um esforço para mapear os riscos climáticos ao que o país está exposto quando esteve no governo federal em 2013, mas as sugestões do relatório que ele promoveu nunca foram adotadas de forma abrangente. Nessa conversa, ele fala sobre os resultados desse trabalho e também de outro estudo do qual ele participou, sobre as infraestruturas cruciais do Brasil mais suscetíveis ao clima.
Essa entrevista ajuda a ampliar a discussão sobre adaptação climática para além das medidas mais emergenciais depois de catástrofes - especialmente agora que o governo já sinalizou que pretende criar um novo Plano Nacional de Adaptação ao Clima. O que nós temos é de 2016 e não reflete mais a realidade dos nossos desafios. 

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