- Talking Book · 1972
- Songs in the Key of Life · 1976
- Signed Sealed and Delivered · 1970
- Songs in the Key of Life · 1976
- For Once In My Life · 1968
- Songs in the Key of Life · 1976
- The Definitive Collection · 2002
- Innervisions · 1973
- Songs in the Key of Life · 1976
- My Cherie Amour · 1969
- Hotter Than July · 1980
- Up-Tight · 1965
- In Square Circle · 1985
Álbuns essenciais
- Na esteira da obra-prima Music of My Mind, 1972 foi o grande ano de Stevie Wonder até então. Ele abriu para os Rolling Stones na gigantesca turnê do grupo pelos Estados Unidos, apresentou seu soul e funk para inúmeros fãs de rock e lançou outro álbum antológico, Talking Book, antes do ano acabar. Uma matéria da revista Rolling Stone, de abril de 1973, chamou a ex-estrela do teen pop de “O antigo pequeno Stevie Wonder” e citou o artista de 23 anos dizendo querer “se meter nas coisas mais bizarras possíveis”. Innervisions (1973) foi um começo. Além do posicionamento político mais ousado de Wonder até então, atacando racismo estrutural, vício em drogas, corruptos carismáticos e cristãos superficiais, Innervisions também conseguiu ser incrivelmente funky e inovador. Wonder tocou e produziu praticamente todas as faixas, com a ajuda dos seus criativos sous-chefs Malcolm Cecil e Robert Margouleff. Ali, o artista alcançou seu auge musical, embora o tom fosse mais acusatório do que nunca. “Living for the City” é uma opereta soul de sete minutos sobre o custo imperdoável da vida urbana para a classe trabalhadora negra no pós-Black Power (1971). Marvin Gaye inaugurou, com o clássico What's Going On, o soul que denunciava a realidade das ruas. Dois anos mais tarde, “Living For the City” trouxe uma das mais belas e contundentes críticas ao sistema de justiça dos Estados Unidos. A faixa que fecha o álbum, “He’s Misstra Know-It-All”, identifica com delicadeza os tipos predatórios que caçam a mesma população marginalizada, incluindo (o que muitos deduziram) o então presidente do país, Richard Nixon, defensor fervoroso “da lei e da ordem”. “Higher Ground”, uma espécie de variação groovy de “Superstition” (a odisseia funk número 1 de Talking Book), reafirma a crença de Wonder em reencarnação, tendo como base suas marcas registradas: o wah wah do clavinete e o grave do Moog. Com pegada latina e carregada de ironia, “Don’t You Worry ’Bout a Thing” entrega uma amostra do charme infinito de Wonder. Já a romântica “Golden Lady” envereda por uma alegria radiante que só o artista consegue trazer. É ao mesmo tempo uma despedida do otimismo hippie do fim dos anos 60 e uma rota para inúmeros futuros espirituais, Innervisions consolidou Wonder como uma das mentes mais inspiradas e singulares da música popular norte-americana da década de 70.
- 1972
- 1972
- 2022
Playlists
- Um dos maiores nomes da música mundial, Wonder fez seu primeiro hit com apenas 13 anos.
- Stevie Wonder como trilha sonora para a sua história de amor.
- Um dos maiores nomes da música em uma playlist só com raridades.
- Super cantor, multi-instrumentista e grande intérprete: tudo em Stevie Wonder é inspiração.
- A genialidade das letras de um dos maiores músicos da atualidade.
Singles e EPs
- 2020
Álbuns ao vivo
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Sobre Stevie Wonder
Fenômeno que se estende para muito além do R&B, Stevie Wonder é também um dos maiores nomes da música pop mundial. Produto da Motown dos anos 60, o ainda garoto “Little” Stevie Wonder deixou de lado o estilo formatado pela gravadora de Detroit para ser conhecido como “banda de um homem só” ao longo dos anos 70, período em que foi pioneiro no uso dos sintetizadores e deu vida a uma das discografias mais inspiradas da música contemporânea. • Stevland Hardaway Morris nasceu em 13 de maio de 1950 em Michigan, Estados Unidos, e ficou cego em suas primeiras semanas de vida, decorrência do nascimento prematuro. “Little” Stevie, que aos 10 anos já sabia tocar piano com excelência, foi descoberto ainda criança por Berry Gordy, o chefão da Motown, em 1961, e, no ano seguinte, lançou dois álbuns sequenciais pela gravadora, The Jazz Soul of Little Stevie e Tribute To Uncle Ray, uma homenagem ao seu grande ídolo, Ray Charles. • Liderado pelo single instrumental “Fingertips”, seu terceiro álbum, Recorded Live: The 12 Year Old Genius, foi o primeiro lançamento da Motown a alcançar o topo das paradas de sucesso. • Ao longo dos anos 60, conforme sua voz foi mudando, Stevie Wonder deixou o “Little” de lado e passou a apostar em hits como “Uptight (Everything's Alright)” e “A Place in the Sun”, embora ainda não tivesse controle sobre suas próprias produções. • O álbum de 1968 For Once in My Life foi o primeiro com faixas coproduzidas por ele. O ano seguinte marcou o lançamento dos hits “My Cherie Amour” e “Yester-Me, Yester-You, Yesterday”. O álbum Signed, Sealed & Delivered, de 1970, foi o primeiro em que ele foi creditado como coprodutor. • 1971 foi um marco na carreira de Stevie. O álbum Where I'm Coming From foi o primeiro 100% produzido e composto pelo artista, além de simbolizar uma mudança: o início de sua experiência com os sintetizadores – algo que transformaria não só sua discografia, mas o som do R&B. • Lançado no ano seguinte, Music of My Mind trouxe o hit “Superwoman (Where Were You When I Needed You)”, balada que apresenta uma nova faceta de sua música. Aclamado por público e crítica, o álbum foi o ponto de partida de sua fase mais prolífica. Naquele mesmo ano, ele lançou Talking Book, dos clássicos “Superstition” e “You Are the Sunshine of My Life”, ambas vencedoras do GRAMMY. O álbum também traz "I Believe (When I Fall in Love It Will Be Forever)", trilha do filme Alta Fidelidade já em 2000. • O ano de 1973 chegou com Innervisions, um álbum conceitual sobre a sociedade contemporânea, juntando-se a What's Going On, de Marvin Gaye, como um marco do R&B com consciência social. Hits como “Living For the City” e “Higher Ground” garantiram ao projeto o GRAMMY de Álbum do Ano. • Fulfillingness' First Finale, de 1974, apresentou o hit “Boogie On Reggae Woman” e a politizada “You Haven't Done Nothin'”, mas foi em 1976, com a obra-prima dupla Songs in the Key of Life, que este período criativo de Stevie chegou ao ápice. De “Isn't She Lovely” a “I Wish”, tudo aqui é inspirado, delicado e potencializado pela criatividade de um artista que vivia o auge. • Encabeçada pelo balanço de “Master Blaster (Jammin')”, Hotter Than July, de 1980, foi um dos álbuns mais pop da carreira de Stevie e alçou o artista de volta ao topo das paradas. • Grande hit da discografia de Stevie, “I Just Called to Say I Love You” fez parte da trilha sonora do filme A Dama de Vermelho, de 1984, e foi o single mais vendido de sua carreira. No ano seguinte, o álbum In Square Circle chegou com outro grande hit: “Part-Time Lover”. • Em 1987, ele participou da famosa gravação do USA For Africa na música “We Are The World” ao lado de alguns dos maiores artistas da época, e, em 1991, foi responsável pela trilha sonora do filme Febre da Selva, de Spike Lee. Ainda nos anos 90, o rapper Coolio deu vida nova ao clássico “Pastime Paradise” em seu hit “Gangsta's Paradise”, de 1996.
- CIDADE NATAL
- Saginaw, MI, United States
- NASCIMENTO
- May 13, 1950
- GÊNERO
- R&B/soul