Jack Johnson cria melodias aconchegantes. São originadas em um lugar onde os desafios são enfrentados com a graciosidade de um surfista remando para pegar uma onda, e onde panquecas de banana podem salvar um dia chuvoso. Nascido em 1975, na região norte de Oahu, no Havaí, Johnson passou a infância entre uma prancha de surfe e um violão. O garoto aprendeu a tocar músicas de Jimi Hendrix, Bob Dylan e de bandas de hardcore – inspiração, anos depois, para a fundação do selo Brushfire Records e de organizações de caridade educacionais e ecológicas, como a Kokua Hawaii Foundation. Depois de passar alguns anos na Califórnia para estudar cinema, ele começou a tocar em festas caseiras com sua banda, Soil. Mas foi a trilha sonora do seu documentário Thicker Than Water, de 2000, que chamou a atenção de Ben Harper e do seu produtor, J.P. Plunier, que, por sua vez, ajudaram Johnson a dar vida ao seu álbum de estreia, Brushfire Fairytales, lançado em 2001. O balanço de veraneio e a intimidade sussurrante viraram a assinatura do estilo de Jack Johnson, um som que ele (e uma legião de fãs) continuariam a abraçar, principalmente depois do lançamento do multiplatinado In Between Dreams, de 2005. Mesmo com todo o sol e a fama, o cantor e compositor manteve os pés fincados no chão, fazendo uma transição cuidadosa e natural ao folk politizado All the Life Above It Too (2017), no qual ele reflete sobre a rica complexidade da vida com seu canto suave e violão em mãos – e, ocasionalmente, uma guitarra. Sua amabilidade lhe transformou em um colaborador voraz: Johnson é procurado não apenas pelo seu talento, mas pelo jeito amigável. Essa união rendeu amizades e parcerias com Harper, Damian Marley e Eddie Vedder.