Filtrando influências da psicodelia setentista, do indie rock lo-fi pós-anos 2000 e do grande rock alternativo dos anos 90, os cariocas do Amarelo Manga apresentam em Nuca um repertório coeso e autoral, cheio de inspiração contemporânea. A atmosfera de cada faixa é definida sobretudo pelos timbres de guitarra, mais espaciais e reverberantes em alguns momentos (“Geribá” e “Canivete Suíço”), mais crus e diretos em outros (“O Mesmo Sentimento” e “Merthiolate”). Há também variações criativas de andamento, com ritmo mais tranquilo e contemplativo, enfatizado pelo uso do violão acústico. O resultado final transpira sinceridade e frescor jovem, e revela uma vontade apaixonada de fazer música acessível, com pegada alternativa.